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Beyond myself, somewhere, I wait for my arrival.
Tão bom voltar a deixar-me cair nos teus braços com a serenidade e estabilidade a que sempre me habituaste mas sem o medo que se começara a instalar nos nossos corações. Medo que já não fossemos o suficiente. Medo que o futuro nos tivesse pregado uma rasteira e deitado por chão todos os planos feitos, como um baralho de cartas ao avesso. A lista sempre foi infinita: de planos e de medos. O maior medo revelou-se, afinal, não ter medo algum. É assustador deixar tanto para trás e o único formigueiro na barriga ser o da vida ao acaso, um imprevisto escusado mas irremediável.
Não hoje. Não após me ter perdido, por uma e outra vez, nos teus beijos férvidos e nas tuas carícias arrepiantes. Não quando a luxúria nos tomou de assalto e, já exaustos, encontrámos nos olhos um do outro aquilo que nos faltava. Boca com boca, corpo com corpo: a solução sempre foi clara.
Esta noite, quando encostar a cabeça na almofada e contar as minhas bênçãos, contar-te-ei em duplicado. Em primeiro, por me teres ajudado a resgatar-me.
Em segundo, por me teres ajudado a resgatar-nos.