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Beyond myself, somewhere, I wait for my arrival.
Não somos uma única coisa. Somos o resultado de vivências, emoções e momentos que nos interromperam a respiração. Somos a acumulação de peles arrepiadas: ora de prazer, ora de receio. Somos os saltos altos da sexta-feira à noite e o aconchego do domingo no sofá. O café que dá inicio a um novo dia e a caneca de chá que o termina. Somos cada regresso enternecedor, cada despedida dolorosa. Somos o auge da felicidade durante um orgasmo e o pico da tristeza, às três da manhã quando todos dormem e a alma nos foge pelas mãos. Somos cada sorriso roubado, cada lágrima enxugada. Somos o nosso melhor e também o pior. Somos as palavras não ditas, os olhares misteriorosos, as gargalhadas penetrantes. Somos a tranquilidade proveniente de um bom livro, somos o caos das filas de trânsito em hora de ponta. Somos o que formos, uma história em progresso, aquilo que damos a conhecer e os segredos que jamais revelaremos.
E, se houver uma característica que nos defina, que seja tão indefinida e bem guardada quanto nós.