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Beyond myself, somewhere, I wait for my arrival.
O meu irmão é mais alto do que eu e, quem nos vê lado a lado, pensa que temos idades semelhantes, apesar de quase oito anos nos separarem. Ele delira, eu bufo. Ainda assim, o meu irmão é a pessoa mais pequenina e indefesa que tenho na minha vida. Não sei se por ter estado activamente presente na sua educação desde o primeiro dia, mas sinto que o laço criado entre nós é semelhante ao que se cria entre mãe e filho. Perdemos o nosso pai quando ele era demasiado novo, demasiado jovem para sequer merecer conhecer tamanha dor e dou por mim, vezes sem conta, a tomar as suas dores como se fossem minhas. Choro por nós dois. Choro aquilo que desejo com todas as minhas forças que ele não chore.
Pergunto-lhe frequentemente se está bem. Se é feliz. Se se sente amado. Ele responde que sim a todas as questões e eu cruzo os dedos para que seja verdade. Para que, ao contrário de mim, não tenha de mentir desmesuradamente de modo a não tirar o sono aos outros.
Olho para ele, mergulhado na rebeldia dos seus treze anos, e vejo o meu melhor amigo. A pessoa que mais amo no mundo e aquela por quem vou sempre olhar, passem os anos que passarem. O meu bebé. O meu pequenino.