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Beyond myself, somewhere, I wait for my arrival.
Trago no peito a ambição ardente de ser mais, de caminhar por estradas ignotas e, através das mesmas, me descobrir. Sempre um pouco mais. Sempre um pouco mais longe. Tivesse maneira de percorrer cada pedaço de chão, e fá-lo-ia. Tivesse maneira de me deparar com todos os rostos - desde o mais tenro até ao mais rugoso - para os preservar na memória, e não hesitaria. Deles faria personagens para os muitos livros que mentalmente escrevo, na tentativa de me parcelar em entidades organizadas e concisas. Procuraria, assim, alguma orientação para o caos em que vivo, como se não fosse este o único modo de vida que conheço. E quero conhecer. Mais, mais e mais. E quero ir. Longe, longe e longe. Talvez, então, tudo deixasse de ser tão pesado. Talvez, quem sabe, pudesse tomar a forma de uma fénix e nas minhas asas levar todos os segredos do mundo. Talvez ser um pouco mais leve, um pouco mais livre. E, um dia, renascer das cinzas. Recomeçar. Reviver.