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Beyond myself, somewhere, I wait for my arrival.
Dou por mim constantemente com pressa, à espera. Dos outros. De mim.
Que o chá arrefeça. Que o comboio chegue. Que o verão venha e o sol me beije os cabelos. Que as estações frias sejam piedosas com os mais desfavorecidos.
Prosperam as unhas roídas, as mãos suadas e o coração demasiado palpitante. Escasseiam as respirações longas, as noites bem dormidas e os beijos de olhos fechados. Vivo com pressa, impaciente pelo momento seguinte, na ânsia que esse seja melhor. Na ânsia que o dia de amanhã seja melhor. Ando na pressa de viver, na pressa de tudo sentir, acabando por me esquecer de como é que tal se faz.